PORTOS PÚBLICOS DO SUL DISPARAM 14% E LIDERAM ROBUSTA RETOMADA LOGÍSTICA PÓS-CRISE CLIMÁTICA

Os portos públicos da Região Sul do Brasil registraram um crescimento expressivo de 14,02% na movimentação de cargas durante o terceiro trimestre de 2025. Os dados, consolidados pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), revelam uma recuperação expressiva e um forte impulso na atividade logística regional, superando os desafios climáticos enfrentados no ano anterior.

O desempenho das estruturas portuárias públicas, que movimentaram um total de 37 milhões de toneladas entre julho e setembro, foi o principal vetor de crescimento da região. Esse resultado superou com folga a média geral do Sul, que inclui os terminais de uso privado (TUPs), cujo avanço foi de 8,65%. Nesse cenário, destacaram-se os portos de Paranaguá (PR), com 19,1 milhões de toneladas, e de Rio Grande (RS), com 9,1 milhões.

Imagem Ilustrativa

Um dos indicadores mais eloquentes do aquecimento econômico foi a ascensão na movimentação de contêineres, que saltou 62,46% nos portos públicos, totalizando 8,4 milhões de toneladas. Esse avanço é particularmente estratégico, pois o transporte conteinerizado representa operações de maior valor agregado e sofisticação logística em comparação com o transporte de granéis. A modalidade exige tecnologia avançada, serviços especializados e uma cadeia operacional mais complexa, servindo como um termômetro da diversificação e da vitalidade da economia. Considerando o cenário completo da região (público e privado), a carga conteinerizada alcançou 15,2 milhões de toneladas, liderando o ranking de movimentação no trimestre.

No comércio exterior, os números revelam um ciclo virtuoso. As exportações via portos públicos cresceram 13,55%, garantindo a competitividade dos produtos brasileiros no mercado global, enquanto as importações avançaram 8,59%, sinalizando um reaquecimento da demanda doméstica e industrial. Um dado de grande relevância foi a importação de 5,9 milhões de toneladas de adubos e fertilizantes, uma antecipação estratégica do setor produtivo para assegurar a produtividade da próxima safra.

Ademais, a navegação de cabotagem, realizada entre os portos do país, experimentou um salto de 29,65% nos terminais públicos. Esse crescimento robusto reforça o papel dessas estruturas na integração logística nacional, otimizando custos e fortalecendo a malha de transporte interna do Brasil. (Fonte: MPor).

PORTOS PÚBLICOS DO SUL DISPARAM 14% E LIDERAM ROBUSTA RETOMADA LOGÍSTICA PÓS-CRISE CLIMÁTICA