COM APOIO DE TUPS, CENTRO-OESTE LIDERA EXPANSÃO PORTUÁRIA COM SALTO DE 73%

A movimentação dos Terminais de Uso Privado (TUPs) no Centro-Oeste brasileiro registrou um crescimento expressivo de 73,12% entre janeiro e maio de 2025, segundo dados da ANTAQ. O volume operado na região alcançou 3,69 milhões de toneladas, impulsionado principalmente pelas hidrovias, modal estratégico de escoamento da produção, especialmente no Mato Grosso do Sul.

Os principais destaques ficaram por conta do terminal Vetorial Logística, que apresentou expansão de 216% com forte performance no transporte de ferro fundido, ferro e aço, além de minérios, escórias e cinzas. O terminal Granel Ladário, também no MS, teve crescimento de 294,3%, com destaque para o minério de ferro e cargas de terra e pedras, enquanto o Itahum Terminal elevou suas operações em 163,3%, puxado pela alta na movimentação de soja.

Crédito da foto: Silvio de Andrade

Além dos resultados operacionais, a região avançou em infraestrutura e regulação logística. O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciou no início do mês de julho um pacote de investimentos de R$ 4,7 bilhões, em parceria com o setor produtivo.

Para o Centro-Oeste, o destaque foi o município de Cáceres (MT), que receberá R$ 15,8 milhões para melhorias em um porto voltado ao escoamento de granéis sólidos no Rio Paraguai, reforçando a logística hidroviária regional. O ministro destaca que a região está no centro da estratégia de desenvolvimento logístico do país, e que o crescimento dos terminais privados, somado aos novos investimentos, confirma o compromisso do governo com uma infraestrutura mais eficiente, sustentável e integrada — ampliando a competitividade de quem produz e criando novas oportunidades para as comunidades do interior.

Os TUPs de destaque, localizados em Ladário e Corumbá, integram o Tramo Sul da Hidrovia Paraguai-Paraná, eixo que conecta o Pantanal brasileiro ao oceano Atlântico por meio de rios navegáveis que cruzam o Paraguai e a Argentina. Esta hidrovia é essencial para o transporte de commodities como minério de ferro, soja e produtos siderúrgicos, que têm como destino os portos do Arco Norte, tal como: Itaqui (MA) e também portos do Sudeste como Itaguaí (RJ) e Tubarão (ES), acessíveis por corredores multimodais. Essa estrutura logística reforça a importância das hidrovias na integração territorial, na redução de custos operacionais e no fortalecimento da competitividade da produção nacional.

(Fonte: MPOR)

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