AVANÇO DE 1 KM/DIA, RUMO LOGÍSTICA CONDUZ OBRA FERROVIÁRIA QUE TRANSFORMARÁ O AGRONEGÓCIO BRASILEIRO
- gabrielaluisaconti
- há 5 dias
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Em meio ao coração produtivo do Brasil, avança a maior obra ferroviária em execução no país; - a Ferrovia de Mato Grosso. Com um investimento na ordem de R$ 5 bilhões e a mobilização de aproximadamente cinco mil trabalhadores, o projeto, conduzido pela Rumo Logística — braço logístico do grupo Cosan —, já alcançou 73% de sua execução física, com previsão de conclusão para meados de 2026.
Este empreendimento que se desenvolve em um ritmo acelerado de até um quilômetro de trilhos assentados por dia, constitui uma extensão estratégica de 743 quilômetros da Malha Norte. Atualmente, a malha escoa a safra mato-grossense a partir de um complexo terminal em Rondonópolis, para onde convergem caminhões que, não raro, percorrem mais de 500 quilômetros desde as fazendas. A nova ferrovia promete revolucionar essa dinâmica, levando os trilhos ao epicentro do agronegócio e reduzindo a dependência do modal rodoviário, o que resultará em uma significativa otimização dos custos de frete para os produtores rurais.
A iniciativa, financiada integralmente com capital privado, representa um divisor de águas para a competitividade do setor. Se a eficiência produtiva "da porteira para dentro" já é uma marca do agronegócio brasileiro, a FMT surge como a solução para os desafios logísticos "da porteira para fora". Conforme salienta o secretário nacional de Ferrovias, Leonardo Ribeiro, "o ganho exato depende da distância. Em trajetos de mil quilômetros, pode-se obter uma queda de 50% na comparação com o frete rodoviário. Isso significa menos custo de transporte ao produtor, gerando produtividade e renda para a economia como um todo".

Iniciada em 2022 sob um inovador modelo de autorização estadual, a obra foi segmentada em três fases. A primeira, com 162 quilômetros, conectará Rondonópolis a um novo e moderno terminal entre os municípios de Dom Aquino e Campo Verde, com entrada em operação prevista para o segundo semestre de 2026. "Os contratos comerciais já estão negociados", assegura Natália Marcassa, vice-presidente de regulação e relações institucionais da Rumo, sinalizando a robusta demanda pelo projeto. O novo terminal, situado às margens do promissor Vale do Araguaia, terá capacidade para movimentar 10 milhões de toneladas anuais.
As fases subsequentes projetam estender os trilhos até Nova Mutum e Lucas do Rio Verde, embora ainda sem um cronograma definido. A decisão sobre os próximos passos, segundo Marcassa, será tomada pelo conselho de administração entre dezembro/25 e janeiro/26, ponderando a tríade de investimentos necessários, potencial de receitas e o custo de capital. "A taxa de juros é um desafio para todo mundo que investe em infraestrutura no Brasil", reconhece a executiva, que, no entanto, aponta a sólida posição da empresa no mercado de capitais como um facilitador para a captação de recursos, incluindo emissões de debêntures e financiamentos junto ao BNDES.
Enquanto as decisões estratégicas são maturadas, o progresso da primeira fase impressiona pela sua materialidade. Oitenta e nove mil toneladas de trilhos, importadas da China, já foram entregues. Uma nova fábrica de dormentes em Rondonópolis opera a pleno vapor para suprir a demanda da obra e da manutenção futura da malha. A imponente ponte de 460 metros sobre o rio Vermelho já testemunhou a passagem do primeiro trem. Paulatinamente, toma forma um novo corredor logístico, destinado a inscrever um novo e transformador capítulo na história da infraestrutura brasileira. (Fonte: CNN)
AVANÇO DE 1 KM/DIA, RUMO LOGÍSTICA CONDUZ OBRA FERROVIÁRIA QUE TRANSFORMARÁ O AGRONEGÓCIO BRASILEIRO







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