HIDROVIAS: INVESTIMENTO ESTRATÉGICO PARA DESCARBONIZAR A LOGÍSTICA E DESTRAVAR O CRESCIMENTO DO BRASIL
- gabrielaluisaconti
- 3 de out.
- 2 min de leitura
O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) reafirma que investir em hidrovias é decisão estratégica e urgente para alavancar eficiência logística, reduzir emissões e promover desenvolvimento sustentável. No último congresso Portos & Costas Brasil, em Itajaí (SC), nos dias 22 e 23/9, o secretário Nacional de Hidrovias e Navegação, Dino Antunes, apresentou avanços do setor, projetos de concessões e investimentos em infraestrutura portuária com forte foco em sustentabilidade.
Além dos investimentos hidroviários, para o MPor, o desenvolvimento portuário deve caminhar lado a lado com práticas ambientais responsáveis, dragagem com impacto reduzido, gestão de resíduos, monitoramento ambiental e metas claras de redução de emissões, para proteger comunidades e ecossistemas e consolidar o Brasil como referência em infraestrutura moderna e sustentável.
As parcerias público‑privadas bem desenhadas para atrair capital, tecnologia e gestão eficiente é uma das alternativas mais efetivas para o setor. As concessões, como a da Hidrovia do Paraguai (MS), demonstram o potencial imediato do modal, com o menor custo por tonelada/km, significativa redução das emissões de gases de efeito estufa, integração do interior produtivo aos portos, continuidade e segurança operacional com dragagem, sinalização e terminais adequados, e atração de novos investimentos e negócios.

Para concretizar esse salto, o MPor defende acelerar concessões estruturadas com cláusulas de sustentabilidade, priorizar dragagem permanente e infraestrutura portuária, integrar planejamento hidroviário com rodovias e ferrovias e estabelecer incentivos à inovação e à manutenção ambiental em contratos.
Investir em hidrovias é, portanto, muito mais do que uma opção logística. Trata-se de um compromisso com competitividade, resiliência da cadeia produtiva, desenvolvimento regional e a redução concreta da pegada de carbono do transporte brasileiro.
Para entender o potencial do transporte hidroviário brasileiro, basta observar as referências globais. O Rio Mississippi, onde circulam 669 milhões de toneladas de carga por ano nos Estados Unidos, é usado como referência do potencial hidroviário. São 6. 900 quilômetros de hidrovias de uso comercial, das quais se retiram cerca de 80 milhões de metros cúbicos de sedimentos ao ano por meio de dragagem. Em comparação, o desafio brasileiro é irrisório. O volume no Rio Paraguai chega a cerca de 400 000 metros cúbicos, mero 0,5% da dragagem comparada com o Mississipi.
Sobre a concessão
A Hidrovia do Rio Paraguai compreende o trecho entre Corumbá (MS) e a Foz do Rio Apa, localizada no município de Porto Murtinho (MS), e o leito do Canal do Tamengo, no trecho compreendido no município de Corumbá. A extensão total do projeto é de 600 km.
Nos primeiros cinco anos de concessão, serão realizados serviços de dragagem, derrocagem, balizamento e sinalização adequados, construção de galpão industrial, aquisição de draga, monitoramento hidrológico e levantamentos hidrográficos, melhorias em travessias e pontos de desmembramento de comboio, implantação dos sistemas de gestão do tráfego hidroviário.
Essas melhorias vão garantir segurança e confiabilidade da navegação. O investimento direto estimado nesses primeiros anos é de R$ 63,8 milhões. O prazo contratual da concessão é de 15 anos com possibilidade de prorrogação por igual período. (Fonte: MPor)
HIDROVIAS: INVESTIMENTO ESTRATÉGICO PARA DESCARBONIZAR A LOGÍSTICA E DESTRAVAR O CRESCIMENTO DO BRASIL







Comentários