PESQUISA CNI APONTA POTENCIAL DE EXPANSÃO DO TRANSPORTE AQUAVIÁRIO NA INDÚSTRIA BRASILEIRA

A pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelou que 29% das indústrias brasileiras já utilizam o transporte por cabotagem para escoar produtos ou movimentar insumos. Entre as empresas que ainda não adotam esse modal, cerca de 20% afirmam que passariam a utilizá-lo caso houvesse condições adequadas de operação. As principais barreiras identificadas incluem infraestrutura portuária insuficiente, limitações de capacidade e disponibilidade de terminais, falta de integração logística entre os modais rodoviário, ferroviário e aquaviário, além da percepção de alto custo e complexidade operacional e regulatória.

A irregularidade na frequência e nos prazos de entrega também afeta negativamente a atratividade da cabotagem, especialmente para indústrias que operam com cadeias just-in-time ou que são sensíveis a prazos. Embora o modal seja competitivo em custos unitários para grandes volumes e rotas longas, o custo total — que inclui transbordos, armazenagem e tempo de entrega — ainda é visto como um obstáculo por empresas de menor escala.

Imagem Ilustrativa Navio Cargueiro

A predisposição ao uso da cabotagem varia conforme a localização das plantas industriais e o acesso a portos e terminais adequados. Regiões com melhor infraestrutura portuária concentram maior uso e interesse. A pesquisa também aponta que estímulos públicos, investimentos em infraestrutura e medidas regulatórias que facilitem a integração multimodal podem ampliar significativamente a participação do transporte aquaviário.

As empresas demonstram interesse por soluções logísticas inovadoras que reduzam a complexidade operacional, como digitalização de processos, maior transparência nas cadeias de embarque e modelos logísticos integrados. Para a Modal Consult, esses dados indicam uma oportunidade concreta de crescimento. Melhorias direcionadas em infraestrutura e serviços podem transformar a intenção de uso em demanda efetiva.

Projetos que promovam a integração entre rodovias, ferrovias e portos, além da redução de transbordos e otimização de terminais, tendem a aumentar a atratividade do modal. A atuação de consultorias técnicas e regulatórias é essencial para análise de custos logísticos, modelagem de cadeias multimodais, estudos de viabilidade e apoio a investimentos em terminais e operações dedicadas. A oferta de soluções digitais que aumentem a previsibilidade — como rastreamento, visibilidade de mercadorias e gestão de janelas portuárias — pode reduzir a percepção de risco e atrair mais usuários industriais.

Como recomendação estratégica, é importante priorizar projetos-piloto em corredores com alto potencial de volume, promover contratos de longo prazo com operadores de cabotagem e articular parcerias público-privadas para expansão de terminais e infraestrutura. A pesquisa da CNI mostra que a cabotagem já possui uma base relevante de usuários e um potencial expressivo de expansão, desde que sejam realizados investimentos estruturais, inovações operacionais e avanços regulatórios. Nesse cenário, consultorias especializadas, como é o caso da Modal Consult, têm papel fundamental para destravar valor e ampliar a participação do transporte aquaviário na cadeia industrial brasileira.

PESQUISA CNI APONTA POTENCIAL DE EXPANSÃO DO TRANSPORTE AQUAVIÁRIO NA INDÚSTRIA BRASILEIRA